segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O Brasil na imprensa do mundo

Como o mundo nos vê? Além das florestas sendo queimadas, do carnaval e do futebol, quais são as outras notícias do Brasil na imprensa estrangeira?

O Brasil tem estado freqüentemente na mídia internacional. Na rede Al Jazira vez ou outra há uma reportagem sobre nós. Ao mesmo tempo que projetam as mudanças do país, essas matérias também mostram problemas da nação. Infelizmente, agora longe do Brasil, não posso mais dizer com certeza se são propagandas negativas de nosso país ou simplesmente a realidade.

Por isso, espero que vocês, leitores, possam confirmar se elas procedem ou não.

Sábado, 22 de novembro, dia em que jornais dos Emirados Árabes Unidos têm mais páginas e encartes (como os jornais de domingo no Brasil), o jornal The National publicou uma matéria da Reuters (agência internacional de informação) intitulada “Cultura do crime rouba os esforços para ficar rico”.

A matéria explica que as conseqüências econômicas devido ao crime no Brasil podem ser vistas em várias esferas, de áreas pobres que ainda não foram tocadas pelo boom econômico até nas menos visíveis como dos manufaturados brasileiros. Explicando que a primeira coisa que um viajante percebe ao chegar ao Brasil é o enorme número de guardas particulares fazendo a segurança de hotéis, restaurantes e mesmo prédios de apartamentos, ou seja, “qualquer lugar onde há dinheiro”, escreve o jornal.

Segundo o The National, os brasileiros gastam anualmente US$ 8 bilhões em segurança privada, o mesmo que os Estados Unidos investiu na contratação do Blackwater (empresa de segurança) durante os primeiros quatro anos na Guerra do Iraque. “Outros valores não tão visíveis são pagos em seguros, carros blindados e helicópteros para se proteger dos bandidos”, explica o diário.

O artigo informa ainda que até o tráfego caótico das cidades brasileiras é por causa do crime, pois “as pessoas tem medo do transporte público e escolhem passar horas no trânsito dentro de seus próprios carros”.

“Tudo isso acrescentado faz com que o “custo brasileiro” de manufaturados seja um dos mais altos do mundo. O gasto desse sistema de segurança privada é enorme, o que representa um custo exorbitante para a economia do país”, continua explicando o impresso.

O exemplo de como o crime está no Brasil é dado através do caso Itaú Unibanco. O jornal diz que o roubo, que durou 10 horas e esvaziou os caixas particulares que continham pedras preciosas e Rolex de coleções, levou uma semana para a polícia começar a investigar.

A matéria termina acrescentando que na verdade o número de roubos a bancos no Brasil diminuiu, mas o que aumentou foi a sofisticação dos roubos. Até o presidente da Federação do Comércio e Indústria de São Paulo, Abram Szajman diz que eles não estão nada otimistas, pois não vêem como reduzir o custo com segurança.

Nos meus primeiros contatos com estrangeiros o tema das florestas era mencionado freqüentemente e ia eu lá explicar como a situação realmente é. A maioria das pessoas não sabia muita coisa sobre o Brasil. Atualmente, porém, vejo que alguns começam a conhecer outros aspectos do país, mas ainda estão longe de terem uma concepção correta de nossa nação. O problema é que muitos não perguntam, mas assumem.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

foto: The National UAE

Lendo o jornal The National, dos Emirados Árabes Unidos, de domingo me deparei com uma matéria sobre os presentes que as estrelas de cinema passando por aqui na semana do 5º. Festival do Filme de Abu Dhabi estão recebendo. Para aqueles que leram meu texto da semana passada “Quem mais pode, mais recebe”, aqui vai a lista de alguns “goodies” oferecidos às celebridades: manicure e pedicure nos salões N Bar (uma simples mani e pedi custa cerca de R$ 70, já um banho de parafina fica por volta de R$ 150), maquiagem da Make Up For Ever, chinelos Havaianas (com opções de bandeiras e cristais), celular Blackberry, sandálias Sultan Darmaki, e roupas das marcas Marc Jacobs, Michael Kors and Carolina Herrera.
Além da bolsa com todos esses presentinhos, há uma loja onde os artistas podem entrar e escolher o que quiser de graça. Desde de doces, chocolates até roupas sob medida.

sábado, 8 de outubro de 2011

Quem mais pode, mais recebe

Você já notou que quanto mais condições financeiras alguém tem, mais fácil é para ela conseguir auxílios?

Quem mais tem mais recebe é um questão que não sai da minha cabeça.
Sempre soube que os ricos e famosos quase nunca pagam por serviços, seja jantares, viagens de férias ou até mesmo bens de consumo (como jóias, roupas, bolsas, calçados etc.). Mas ultimamente tenho pensado em até mesmo educação. Você deve estar dizendo : “mas você nunca se deu conta que quem pode pagar um faculdade normalmente são os que entram em faculdade pública?” Claro que sei, mas este é um assunto que todos no Brasil já sabem há muitos anos. E temos consciência disso porque fomos à faculdade.
Bom, voltando ao assunto. Descobri recentemente que existem bolsas de estudo fornecidas pelo governo da Suíça, através de suas embaixadas e consulados pelo mundo, para estágio profissional ou pós-graduação.
Este tipo de informação nunca recebemos numa escola pública (primária, ginásio ou até mesmo colegial), quem então tem conhecimento desse tipo de ajuda? Bom, imagino que aqueles que são das classes média à alta, pois são essas pessoas as mais esclarecidas, com amigos influentes e com mais conhecimentos. Portanto, no final quem ganha é novamente quem tem melhores condições.
Quando eu era jovem e sonhava em estudar fora do Brasil, eu nem imaginava que haviam orgãos que ajudavam jovens brasileiros. Aos 20 e poucos anos, quando já tinha terminado a faculdade conversando com um colega, cujo o pai tinha empresa própria, fiquei sabendo que ele havia se inscrito para uma bolsa de estudo no exterior fornecida pelo Rotary Club. Quem faz parte do Rotary Club? Não são os comerciantes e homens de negócios das cidades? Portanto, quem fica sabendo desse tipo de benefício são provavelmente os filhos e parentes das pessoas que fazem parte do Rotary.
Claro que essas pessoas também ajudam os menos favorecidos. Talvez os empregados dos sócios do Rotary também tem a oportunidade de serem beneficiados, mas a grande maioria nem sequer tem idéia que esse tipo de auxílio existe.
Tenho uma amiga de classe média, o marido é piloto. Ela comentou comigo que seu filho precisava de aulas de matemática e que uma aula custa cerca de R$ 85,00. Como meu marido é engenheiro, ofereci a ajuda de meu marido gratuitamente. Isso somente prova que alguém que tem mais condições é normalmente o mais ajudado.
Mais uma vez penso de como era a minha vida quando criança, onde não havia ninguém nem para perguntar se eu havia feito minha tarefa, quem dirá para me ajudar a fazer a tarefa.

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