domingo, 6 de fevereiro de 2011

Curso de idiomas no exterior

Como bem escolher um

Capítulo I

Pretendo com este texto ajudar as pessoas que desejam estudar no exterior. Como o que tenho para compartilhar é longo, vou fazê-lo em dois capítulos.

Falar um outro idioma não é só por necessidade profissional, mas também o desejo de viajar, conhecer outras culturas, ler livros escritos na própria língua do autor ou simplesmente pelo prazer e para exercitar a mente.

Poder falar uma outra língua foi sempre o meu desejo e desde criança eu sonhava com isso. Assim que pude fiz alguns cursos de inglês, mas não conseguia passar a barreira do Intermediate. Então, um dia, depois de adulta tirei umas férias prolongadas e decidi fazer um curso no exterior.
O que pesou mais na minha escolha naquela época foi o preço. Por isso pesquisei algumas escolas e alguns países. Também queria tirar o máximo proveito do curso e então decidi que era melhor não ir para um destinação popular. Por isso escolhi o Tennessee nos Estados Unidos, pois sabia que Califórnia e Flórida eram locais muito procurados pelos brasileiros.
A universidade que escolhi foi indicada por um amigo e ficava numa cidadezinha, Maryville, na região da countrymusic.

Primeira experiência - Estados Unidos
Maryville College fica num campus universitário que é um sonho para um estudante brasileiro, pois além de bonito e bem cuidado, tem de tudo, sendo porém um campus de pequeno porte comparado com outras universidade americanas.
O curso, pra mim que gosto de tudo planejado e bem definido, parecia perfeito. Tinha um professor para cada matéria, sendo Grammar, Reading, Writing e Conversation. O professor de Grammar não era dos melhores, pois focava na decoreba, o de Reading era mais ou menos, mas o livro didático era ótimo. Já a professora de Writing era perfeita. Doutora em Writing, ela fez meu texto pular de basic para upper-intermediate em apenas cinco semanas. Já para Conversation, escolhi a sala de Bizarre Discussion com um professor bem diferente, o que fez a aula se tornar interessante.
All in all, adorei a experiência. O campus era lindo e minha acomodação, uma quarto que dividia com uma americana, era o que eu tinha pago por.

Segunda experiência – Inglaterra
Depois da experiência nos Estados Unidos decidi que tinha que aprender inglês custe o que custar e decidi pedir demissão de meu emprego e ir estudar um pouco mais.
Como havia tido uma ótima experiência pensei logo de cara de voltar para Maryville College, porém um amigo me aconselhou a ir para outro país, assim escolhi a Inglaterra.
O preço era mais caro do que os Estados Unidos, mas achei que valia a pena aperfeiçoar meu inglês com sotaque britânico.
Na hora de escolher a escola, pensei em ir para um lugar que tivesse praia e fosse também mais barato que Londres, por isso escolhi Brighton. A escola foi o Eurocentres. Logo de cara tive problemas e o Eurocentres não me ajudou muito. Explico: saí do Brasil duas semanas antes do curso começar, pois queria conhecer a Bélgica e passar uns dias em Londres. Infelizmente o Eurocentres não conseguiu me enviar a tempo o endereço da casa onde eu moraria durante o meu curso, o que dificultou minha entrada no país, pois o único número de telefone que eu tinha para mostrar à imigração era o número da escola, que infelizmente já estava fechada às 18h quando cheguei no país. Os agentes da imigração telefonavam à escola e como ninguém atendia, eles diziam que aquele número não existia. Depois de várias entrevistas na imigração, à meia-noite me deixaram entrar no país.
Depois de alguns dias em Londres recebi o endereço da casa onde ficaria em Brighton.
Chegando à cidade dois dias antes do curso começar fiquei decepcionada em ver que minha acomodação ficava longe da escola. Tinha que pegar um ônibus para ir à escola e fiquei, claro, comparando com a facilidade de morar no próprio campus da escola. A acomodação também não era das melhores. Não gosto de gatos e minha host family tinha três gatos. Eles também nem ligaram de me mostrar onde a escola ficava e para piorar não cozinhavam pra mim, o que era meu direito, pois paguei por pensão completa. (No final de todos os capítulos darei umas dicas para não passar por problemas desse tipo.)

A escola ficava em dois andares de um prédio no meio da cidade. Nada parecido com o campus da universidade americana. Também não gostei de saber que eu teria somente dois professores para ensinar o inglês. Pensei que isso não era o melhor, pois gostaria de ter um professor para cada subject. Achei também que o nível dos alunos de minha classe não estava correto. Havia alguns que já falavam bem e outros que falavam muito mal. Depois de um mês pedi para mudar de classe, o que fez a professora ficar chateada comigo.
All in all, o Eurocentres foca na conversação. Você aprende a falar, mesmo que errado você consegue destravar a língua.
Então penso agora que teria sido melhor fazer o Eurocentres primeiro e depois burilar o idioma numa escola como a de Maryville College.


No próximo capítulo falarei da minha terceira, quarta e quinta experiência, dando algumas dicas para bem escolher um curso.

5 comentários:

ALEXANDRE WAGNER MALOSTI disse...

Oi Marli, tudo bem. Você conhece alguma instituição que de cursos a distância (EAD). Sei que aulas presenciais são melhores, porém, nem todos terão a oportunidade. Se souber nos de a dica. Beijos

Karina Lapido disse...

Oi Marli,
Minha primeira e única experiência estudando inglês em outro país foi na Inglaterra. Fiquei um mês em Londres. Dei sorte com a hospedagem. Apesar da dona da casa estar ausente no dia da minha chegada, deixou um bilhetinho me explicando como chegar no supermercado mais próximo. Achei simpático. Tudo o que combinei ao contratar a escola e a hospedagem, deu certo. Falei que tinha preferência por uma casa com animais de estimação e consegui uma casa com um gato, o Wilow (adoro gatos!!). A escola não era ruim e dei sorte de não ter brasileiros na minha classe, o que me obrigava a falar inglês o tempo todo. Mas dependia de metrô para chegar lá. Assim como você, troquei de sala. No meu caso, porque me colocaram num nível muito mais avançado do que eu realmente deveria estar (enganei bem na entrevista). Se pudesse fazer de novo, escolheria uma cidadezinha do interior da Inglaterra. Há muitos estrangeiros trabalhando em Londres, todos muito solidários em compreender o que estamos querendo dizer, muitas vezes sem nem nos deixar tentar falar. De qualquer forma, foi uma experiência muito legal! Beijo, Karina

Isa Duarte disse...

O maior temor é minha idade. Não conheço ninguém que tenha feito um intercâmbio com mais de 40 anos. Ja, ja terei 44.
Fico muito na dúvida se conseguirei sair do basic/intermediate.
Mas, vou tentar, mesmo que morrendo de medo de ser um grande mico.
Aguardo ansiosa o próximo post.
Bj

Anônimo disse...

Ale, vou incluir algumas dicas de sites de curso de inglês.
Karina, obrigada por compartilhar sua experiência. Meu português está terrível, traduzi Accommodation por acomodação em vez de hospedagem. Quando puder me dê alguns toque, ok:
Isabel, as pessoas mais velhas são mais dedicadas que os jovens. Conheci uma senhora que aprendeu inglês depois dos 50 anos, quando ficou viúva.

Neila Giovaneti disse...

Boas dicas, já morei 1 ano nos Estados Unidos e conheci outros países somente como turista. Agora quero ir como estudante e estou em dúvida (Inglaterra, Canadá ou Australia?). Estou aqui na expectativa aguardando suas dicas! abraço

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