segunda-feira, 23 de julho de 2012

Detox, faxina no organismo
Você já fez alguma dieta?

Sempre fui interessada em saber como ser mais saudável e curar doenças com remédios naturais, mas há algum tempo tenho pesquisado sobre alimentos orgânicos e dietas desintoxicantes.

Somos bombardeados por hormônios na carne, pesticidas nas frutas e legumes, poluição e stress, portanto, achei que dar uma pausa no organismo por algum tempo e ajudá-lo a eliminar toxinas não seria nenhum sacrifício.

No final do ano passado depois de um ano sofrendo de dor abdominal e tendo passado por diversos médicos decidi tentar a homeopatia. Consultei uma naturopata, que me receitou acupuntura, diversas ervas medicinais e um detox.

O Detox consistia basicamente em arroz integral, frutas (menos laranja e banana) e legumes (menos tomate, pimentão e berinjela) e peixe. Ou seja nada de carboidratos, produtos lácteos, açúcares e carnes.

Parece bem restrito, mas no fundo não é. Atualmente com a grande variedade de outros alimentos como quinoa, buckwheat e os chamados superfoods (suplementos alimentares), como açaí, maqui, maca, psyllium, chlorella, wheatgrass, linhaça, spirulina, entre outros, essas dietas ficaram mais fáceis.

Fácil falar, mas na realidade a falta de carboidratos e carne foi super difícil pra mim. Para me apoiar, meu marido resolveu também participar do detox e o que ele percebeu foi a quantidade de carboidratos que se consome no dia a dia. Não somos de comer sanduíches e mesmo pão, que fazemos em casa, é reservado somente para os finais de semana. Também gostamos de cozinhar e somos fãs de variedade, mas mesmo assim, vimos que ingerimos carboidratos mais do que gostaríamos. Quando temos fome e estamos na correria, o mais fácil é comer uma fatia de pão, uma bolacha ou uma porção de cereal industrializado. Ninguém pensa instantaneamente em descascar uma cenoura ou lavar uma maçã.

Meu detox durou 18 dias e os 10 primeiros dias não foram nada fáceis, ainda mais com visitas em casa, mas estou orgulhosa de ter conseguido fazer um regime pela primeira vez. O intuito não era perder peso, mas perdi 3kg, já recuperei dois, mas não preciso me preocupar com meu peso.

Minha médica disse que um Detox de Arroz Integral deve ser feito uma vez por ano, mas que a cada seis meses podemos fazer um mini detox com sucos por três dias e é isso que estou fazendo no momento.

O detox com suco pareceu mais fácil do que o de Arroz Integral, mas eu acrescentei sopa batida no liquidificador depois de um dia e meio.

Com essas duas experiência senti que sensações de doce e salgado no meu paladar aumentou. Atualmente utilizo muito menos açúcar ou sal nos alimentos. Minha necessidade de açúcar, como sobremesas doces, também diminiu e mesmo o meu café que antes tinha que ter açúcar, agora pode ser saboreado com um pouco de leite ou com um pequeno quadrado de chocolate.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Países do futuro

Será realmente que Brasil, Rússia, Índia e China serão os países do futuro?

A idéia do BRIC, sigla promulgada por Jim O’Neill da Goldman Sachs (um dos maiores bancos de investimento do mundo), não tem sido unânime. A tese de que Brasil, Rússia, Índia e China serão os próximos líderes econômicos mundiais já vem recebendo críticas de outros especialistas em economia, que dizem que os países do Bric já mostram que não conseguem manter o nível de crescimento que apresentaram nos últimos anos.
Na contra corrente do pensamento de Jim O’Neill está Ruchir Sharma, um gerente de investimentos do banco americano Morgan Stanley, que diz que os melhores dias do Bric já passaram e que cada um desses países tem específicos problemas econômicos, políticos e sociais que influenciarão de maneira negativa o futuro de cada um deles. E que atualmente outros países, principalmente na Ásia, oferecem melhores perspectivas para investimentos. Ele deixa entender que a tese do BRIC é uma campanha de marketing, pois há outros países, especialmente na Ásia que oferecem melhores formas de investimentos.
Sobre a China, considerada o país que terá a maior economia no futuro, Sharma prediz que logo ela vai começar a desacelerar e que com essa queda muitos países que  agora navegam em sua correnteza iram cair também. Nas últimas duas décadas, a China apresentou dois dígitos, mas atualmente não consegue ultrapassar a casa dos 6% ou 7% de crescimentos do PIB.
Ruchir Sharma é um indiano que não acredita no potencial de seu próprio país. “A elite na Índia está mais preocupada em como gastar do que trabalhar de maneira a consolidar o rápido crescimento do país.”
A Índia, segundo ele, promete altos níveis de crescimento, mas até agora não conseguiu apresentá-los. Os problemas sócio-demográficos, culturais e políticos são também uma barreira.
Sobre Rússia e Brasil, ele explica que ambos os países são vulneráveis, pois dependem demais de específicos produtos como petróleo e algumas matérias-primas, e que isso é a receita perfeita para uma bolha econômica estourar.
Sharma é crítico do sistema econômico e político da Rússia e no caso do Brasil, da grande despesa da máquina estatal, o que resulta em grandes taxas de juros e uma moeda fraca, além dois dos países serem um dos mais caros do mundo, na comparação de preços de hotéis em diferentes regiões do planeta.
Ele explica que o crescimento acelerado de alguns países é insustentável, pois somente um pequeno número consegue manter um crescimento alto no longo termo. Desde 1950 somente seis países (Malásia, Tailândia, Cingapura, Coréia do Sul e Taiwan) mantiveram uma média de crescimento de 5% por quatro décadas. Já Taiwan e Coréia do Sul foram os únicos que conseguiram manter um bom crescimento nos últimos cinqüenta anos. Portanto, segundo sua linha de pensamento e análise, Taiwan e Coréia do Sul têm potencial para serem os países do futuro.
“Ambos são empresariais, organizados, eficientes e trabalham duro, focalizados na manufatura de diferentes bens e exportação. Eles também foram colônias japonesas e aprenderam com o sucesso e erros dos colonialistas.”

Seul moderna e tradicional

Dos dois países, Sharma ainda prefere a Coréia do Sul, considerando que ela poderá se reunificar com a Coréia do Norte pacificamente e tornar-se a “Alemanha da Ásia”, “claro que evitando os erros financeiros dos alemães na década de 90”.
A Coréia do Sul conseguiu um dramático crescimento não só econômico mas também político e social. Durante os últimos 50 anos a renda per capita do país cresceu de US$82 em 1960 a US$22 mil em 2011.
Visão in loco
Conheço ambos os países, passei dois meses em Taiwan (Kaohsiung, Taipei e Taichung). Um país entre a China e Hong Kong, quer dizer, com raízes chinesas mas com visões democráticas e progressistas. Taiwan passou de um país de manufatura de brinquedos à manufatura de componentes eletrônicos de ponta em somente duas décadas.
Rio no centro de Seul
O desenvolvimento da Coréia do Sul é surpreendente, passando de um país extremamente pobre na década de 60 à uma economia que se consolida cada vez mais.
Minha experiência na Coréia foi de quatro meses em (Incheon, Seul, Pusan, Mokpo e Pohang). Pelas minhas observações, a Coréia do Sul lembra o Japão, claro que um Japão ainda não tão desenvolvido, mas em vias de se tornar. Povo estudioso e que trabalha duro, além de oferecer uma educação entre as melhores do mundo. No Brasil sempre ouvimos falar como os japoneses se dedicam ao estudo, mas posso dizer que vi o mesmo na Coréia. Como seu país vizinho, ela também preza pelo respeito às tradições e seu índice de corrupção comparada com os países do BRIC é muito menor. Sua posição na lista de transparência em negócios do governo é 43* (numa lista de 182 países, onde Brasil é 73*, a China 75*, Índia 95* e Rússia 143*). Ou seja, bons ingredientes para uma excelente receita, que o tempo dirá se continuará a dar certo. Talvez nossos governantes pudessem humildemente tomar algumas aulas com a Coréia do Sul e Taiwan. Outra idéia seria aprender com a experiência de Cingapura. (Talvez escreva outro texto sobre esta pequena nação que já foi chamada de “nação abortada” e que agora é um incomparável núcleo de negócios apesar de seu tamanho e falta de recursos naturais).
*Corruption Perceptions Index (CPI)

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