segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O último taboo


Será que nosso avô tinha razão?

Este final de semana estava lendo a revista Vogue, edição inglesa, e me deparei com um artigo intitulado Poo: the last taboo (Defecar: o último taboo). A autora escreve no subtítulo: “Todos fazem – mesmo aqueles entre nós que fingem que não. Então por que ainda é tão difícil falarmos sobre isto?”

Umm!!! pensei e resolvi ler o artigo.

Pra começar, ela diz que defecar, evacuar ou como dizemos “ir ao banheiro” é uma daquelas coisas que são inescapáveis, inequívocas, não negociável, não discriminatória na nossa vida que nenhuma das tecnologias japonesas irá jamais fazê-las redundantes.

Para confirmar seu artigo, a autora consulta algumas especialistas inglesas (isso mesmo, todas médicas). A maioria das pessoas que procuram esses especialistas em defecação são as mulheres, pois elas querem aprender como defecar corretamente.

Se bem me lembro, os homens mais velhos gostam de ler jornal no banheiro e, segundo as especialistas ingleses, esta é a melhor maneira de defecar. Quer dizer, a posição sentada com as pernas abertas e com o corpo pra frente como lendo um jornal aberto na mão abriria melhor o traseiro, fazendo com que as fezes saíssem mais facilmente. Para ajudar um pouco mais, a pessoa deveria dizer a palavra “OUGE” (algo como AUDI). Isso mesmo como a marca de carro, pronunciando o D com sotaque brasileiro! Esta palavra ajuda a empurrar o diafragma, como diz uma das especialistas.

A sociedade atual vê isto como very private thing (algo super privado), que acabamos nunca falando sobre este assunto.

O artigo também diz que antigamente, há mais de 200 anos, banheiro era algo público, ou seja, nossos ancestrais defecavam em grupo (a prova está na foto que publico aqui. Este tipo de banheiro vi em vários países europeus, mas a foto tirei num parque na Nova Zelândia.)
Bom, voltado ao assunto, o texto diz que na época de Henry VIII, a Great House of Easement em Hampton Court tinha um banheiro público com 28 latrinas para que 28 chefes de Estado pudessem defecar e fazer uma reunião ao mesmo tempo.

Como não há muito espaço no blog para contar tudo o que li no artigo, recomendo que façam uma pesquisa na internet para “Poo: the last taboo” na British Vogue.

Marli
P.S. Vou utilizar a técnica da doutora inglesa e depois conto se funcionou, ok?

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

7 Pecados Capitais: A Inveja

A inveja matou Caim!
Este ditado popular é intrigante, pois se foi a inveja de Caim que matou Abel, por que dizemos que a inveja matou Caim? Caim só matou Abel porque sua inveja era extremamente violenta. Então a inveja o matou antes mesmo que ele tivesse matado seu irmão.
Como é definido no dicionário Aurélio, a inveja é “Desejo violento de possuir o bem alheio!” E foi isso mesmo que aconteceu com Caim, a ponto de matar seu próprio irmão.

Aprendemos com a Bíblia o que é a inveja e o que ela faz com as pessoas, caso de Caim. Como em Provérbios 14:30, que diz: "O coração tranquilo dá vida ao corpo, mas a inveja apodrece os ossos."
Uau, a inveja faz os ossos apodrecerem. Mas como isso acontece?
“Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros” é o que lemos em Gálatas 5:26.
Portanto, a inveja começa com a cobiça. Ao cobiçar as vanglórias dos outros acabamos invejando-os.

Se há tantas referências à inveja na Bíblia é porque este é um sentimento que nos afeta com certeza.
Quando vemos algo que alguém tem ou conseguiu logo achamos que nós também merecíamos aquilo e, quando isto começa a nos perturbar, o sentimento de insatisfação com nosso estado atual ou com o que temos toma conta de nosso ser e passamos a invejar os outros.
A propaganda é mestre em nos dizer que precisamos ter mais e buscar o melhor de tudo, como se nossa vida fosse uma escalada onde sempre temos que estar no topo.

Existe uma fina distinção entre a inveja e a cobiça. “A pessoa cobiçosa quer possuir os bens do vizinho, enquanto que a pessoa invejosa lamenta esses bens. Ela fica triste por causa da prosperidade do vizinho” (W.F. May).

Recentemente vi o filme The Joneses (com David Duchovny e Demi Moore), que é uma sátira à sociedade americana consumista que vai ao limite para adquirir o maior ou melhor de tudo.
The Joneses é uma família fictícia (mãe, pai e dois filhos) que é paga por empresas para mostrar/fazer propaganda/”vender” (self marketing) as últimas novidades/lançamentos do mercado. No final, um vizinho se suícida por não poder oferecer à esposa o que os Joneses têm. (Veja The Joneses Trailer no youtube.)

Refletindo sobre o filme, penso que este é o tipo mais simples de cobiça, quando vemos alguém com algo interessante e logo perguntamos onde ele foi comprado. Mas a inveja somente vem quando não conseguimos comprar ou obter a mesma coisa. Até aí, quando se resume a bens materiais, parece ser algo, vamos dizer, imaturo. Já a inveja de atributos e qualidades inerentes à certas pessoas, que não são de maneira alguma ligados ao aspecto financeiro é onde eu vejo o maior problema. Coisas que dinheiro não compra ficam ainda mais difíceis obter, pois é bem aí que muitos começam a ficar com raiva não somente do que a outra pessoa tem, mas também do que ela é. Como não é fácil obter atributos, status e habilidades, a raiva invade e vira a tal da inveja que apodrece os ossos.

"A inveja começa quando a satisfação com aquilo que se possuí é perturbada pela percepção de vantagens desfrutada por outros e pela consequente determinação de adquirir as mesmas vantagens - seja posição social, bens materiais ou elogios ( Gênesis 26.14; 30.1; Salmos 73.3 )." (http://palavraedificante.blog.terra.com.br/)

Estar satisfeito com aquilo que você possui, em qualquer situação, substitui a inveja. “Não é minha penúria que me faz falar. Aprendi a contentar-me com o que tenho.” (Filipenses 4:11)

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Paraíso da compras

 Dubai, que em inglês soa da mesma forma que “Do Buy” e que quer dizer “Compre” é onde moro. Pois é, a cidade faz juz ao seu nome, pois aqui é o paraíso da compras, com o maior shopping center do mundo e sem impostos. Aliás, eu nunca vi uma cidade com tantos shoppings enormes, que só de cabeça, sem muito pensar, eu conto 10, mas existem também os médios e pequenos onde agora a propaganda é “shop, but don´t drop!” (compre, mas não caia de cansada!) para rivalizar com os grandes malls, cuja a propaganda era “shop until you drop!” (compre até cair de cansada!).

Nesta cidade do consumismo, toda época é desculpa para uma promoção. Sales acontecem o tempo todo, acho que a cada três meses as lojas fazem liquidação e acabamos doidos com os preços. É isso mesmo, os preços caem tanto, de 25% a 75%, com verdadeiros descontos que fazem o público comprar até o que não precisa só porque está barato.
No verão, quando a temperatura vai de 45ºC a 51ºC, a maioria dos moradores de Dubai busca refúgio onde as temperaturas são mais amenas, ou seja, cerca de ¾ da população viaja para fora do país. Para atrair as pessoas a comprarem antes de viajar ou para poder continuar a vender enquanto somente ¼ da população continua no país, as lojas fazem super promoções. Portanto, de julho a agosto, esta cidade vira o paraíso das compras.

Num ano em que eu viajaria alguns dias antes das promoções começarem, fui às lojas e fiz uma lista de tudo o que eu queria e pedi para meu marido comprar tudo aquilo durante o “Sales”. Bom, vocês podem imaginar o que meu marido achou dessa experiência. O problema das liquidações é que nem sempre você encontra o tamanho na cor da roupa que você quer. E foi assim que eu passei meu verão trocando e-mails com meu marido sobre a lista que eu deixei. Ele decidiu de uma vez por todas que vale mais a pena comprar mesmo que mais caro o que a gente realmente gosta do que esperar pelas promoções.

Com promoções ou não, compras é uma palavra que está constantemente na boca dos moradores ou turistas em Dubai.

P.S. Dubai em árabe significa gafanhotinho (bebê do gafanhoto). Nada a ver, né? Mas vai saber o motivo...   Marli

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