sábado, 17 de novembro de 2012

Nossa triste Educação

Você vê falhas na sua Educação? O que precisava melhorar?

Há duas semanas meu sobrinho veio do Brasil para estudar inglês. Ele tem 19 anos e terminou o colegial há mais de um ano, fez um curso de comissário de bordo e um outro de inglês durante seis meses. Como seu sonho é ser piloto, mas sua família não tem condições de pagar o curso, eu lhe disse para primeiro trabalhar alguns anos como comissário e guardar dinheiro para o curso de piloto.

Para ajudá-lo a arrumar um emprego rapidamente, o convidei para aperfeiçoar seu inglês em Dubai. Eu imaginava que depois de terminar o colegial e com seis meses de curso de inglês ele estaria no nível Intermediário e três meses de curso com contato direto com a língua seriam suficientes para conseguir um emprego.

 Para minha surpresa e decepção, seu inglês é básico, nível 2. Na escola Berlitz há 8 níveis e leva-se cerca de 3 meses para terminar um nível. Para chegar ao intermediário uma pessoa precisaria de pelo menos um ano.

Na minha época já se dizia que a educação pública era péssima, que a escola particular oferecia uma melhor educação. Na faculdade vi a diferença entre aqueles que vieram da escola pública de periferia ou interior daqueles que vieram de escolas particulares. Esses últimos tinham maior conhecimento geral. Também era muito comum na minha época que alguns alunos de escola pública passassem para escola particular para fazer o colegial e assim tivessem um melhor preparo para o vestibular.

Quando estive no Brasil este ano encontrei umas amigas da faculdade. Uma delas é atualmente professora de Português e nos contou algumas pérolas do nível da educação pública. Ela disse que explicava o que era verbo para uma classe de sexta-série (ou sétimo ano atualmente). A frase era mais ou menos assim “A mulher sai de casa.” Ela pergunta qual é o verbo da frase e um aluno diz “mulher”, ela fica um pouco irritada e pergunta qual é o passado de “mulher” e o aluno responde “menina”. Ela disse que não sabia se ria ou se chorava.

Meu irmão disse que antigamente aprendíamos pelo menos a escrever e ler na escola e que atualmente os alunos nem isso aprendem. Ele é carteiro e vê muitos jovens que não conseguem nem assinar os documentos que ele entrega.

Fiquei muito triste com essa descoberta e tenho medo que o futuro do Brasil vá para o brejo por causa da péssima educação de base.

A diferença com outros países

Sei que não posso comparar a educação pública do Brasil com a educação pública dos países desenvolvidos. Recentemente recebemos em Dubai um grupo de estudantes suíços e todos eles falavam pelo menos duas línguas.

Vejo também a diferença com os libaneses e sírios que também falam inglês e até arriscam num francês.

Infelizmente para o Brasil, sinto muito por toda uma geração que sofre, sem preparo intelectual para enfrentar uma faculdade ou mesmo o mercado de trabalho.

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