domingo, 14 de outubro de 2012

Brasil Gordinho

Será que o Brasil se tornará um país de obesos? Por que a população tem engordado tanto? Será que as pessoas não se preocupam mais com a saúde e aparência?

O Brasil sempre foi considerado um país de pessoas que se preocupam com saúde e aparência. Em 1997, uma professora minha nos Estados Unidos que havia passado umas férias em Recife comentou como o brasileiro era ativo, pois às 6 da manhã em frente ao hotel onde ela estava já havia um grande número de pessoas se exercitando no calçadão e na praia. Pra um americano que está acostumado a ver muitos obesos em seu país aquela era uma interessante visão.

Recentemente fiquei assustada com a quantidade de pessoas com quilinhos extras no Brasil. Tenho uma teoria, que não é baseada em nenhum estudo, mas somente experiência vivida.

Em minha visita ao Brasil constatei que muitas pessoas atualmente têm carro próprio, ou seja, não precisam mais andar até o ponto do ônibus e ficar em pé esperando sua condução. Vi também que a quantidade de alimentos na mesa é bem maior, e desses alimentos mais ou menos 80% são carboidratos e alimentos industrializados. O fácil acesso a computador e celular tem feito com que as pessoas não saiam de casa para conversar com os vizinhos e muitas vezes nem precisam levantar para responder ao telefone, pois o celular está ao acesso da mão.

Neste post não tenho tempo e espaço para discutir todos os pontos levantados, mas gostaria de comentar sobre o tipo de alimentos que consumimos.
Por experiência própria, vejo que se consumo carboidratos todos os dias, como pão, massa e batata, engordo cerca de um quilo numa semana. Se carboidrato é ingerido somente nos finais de semana e consigo passar uma semana com quantidade reduzida de produtos farináceos, levo duas semanas para perder aquele quilinho extra.

Estava num encontro com umas amigas no Brasil e tínhamos um lanchinho, mesmo sendo 4 ou 5 da tarde. Era um domingo, dia que normalmente almoçamos mais tarde. Na mesa havia pães, bolachas e doces. Carboidratos são na verdade açúcares que acabam sendo armazenados no nosso corpo em forma de gordura extra. Aliás a gordura natural é melhor metabolizada por nosso organismo e o que realmente vira quilinhos extras são os açúcares. Antigamente, açúcar e carboidrato eram consumidos da forma mais natural possível, rapadura, pão feito em casa, batata plantada na roça. Esses alimentos, porém, eram sempre ingeridos com legumes, saladas e carnes. Nossos avós não comiam sanduíches todos os dias! E além disso trabalhavam bastante seja na roça ou na fábrica.

Há algum tempo tenho lido muito sobre alimentação e a necessidade de mudarmos nosso estilo de vida, voltarmos ao mais natural possível, como comer da maneira como Deus criou os alimentos, ou seja, reduzir ao máximo a quantidade de alimentos industrializados.

Indico para leitura o livro Nourishing Traditions, de Sally Fallon, ainda não traduzido em português. Este livro explica técnicas tradicionais de preparação de alimentos, usadas por nossos antepassados. Outra fonte de informação sobre saúde e alimentação que leio sempre é o site com artigos do Dr. Mercola (http://articles.mercola.com/sites/current.aspx)

No Brasil outro médico que segue a linha do Dr. Mercola é o Dr. Lair Ribeiro. Veja o vídeo Palestra Dr. Lair Ribeiro – Mude sua alimentação, mude sua vida...

Próxima semana compartilharei mais sobre os mitos na alimentação e como adicionar algumas tradições de nutrição no nosso cotidiano. Além de alguns dos super alimentos que são baratos e disponíveis no Brasil.





Você tem algum conselho para aqueles que desejam perder os quilinhos extras?  Você se preocupa com o que ingere, procurando saber o que exatamente contém naquele pacote de bolachas ou mesmo no iogurte? Você gosta de ler as informações sobre ingredientes dos alimentos industrializados?  



2 comentários:

Lucimara Fernandes disse...

Oi Marli,
Muito interessante o seu post e um assunto que me interessa muito, pois faço parte deste grupo que ganhou uns kilinhos extras nos últimos anos e agora sente necessidade de se livrar deles.
No meu caso, reconheço que a minha alimentação não está adequada e que, apesar de pedalar aos sábados, preciso voltar a me exercitar também durante a semana!
Sempre fui magra, me preocupei em fazer exercícios e me sentir bem, por isso hoje sinto necessidade de voltar a me cuidar.
Mas acho que o principal motivo que vem contribuindo com o aumento de peso é a insatisfação com outros aspectos da minha vida atualmente. Pesquisando sobre doenças psicossomáticas, li, em algum lugar que não me lembro onde foi, que a insatisfação gera acúmulo de gordura como se fosse uma camada protetora, um verdadeiro escudo que o organismo cria para te proteger de outros males, no caso as insatisfações, que, muitas vezes, não têm nada a ver com a saúde, mas que impedem o indivíduo de se cuidar melhor e manter a autoestima...
Venho lutando para vencer este desafio e voltar a me sentir bem com o meu corpo, por isso adorei o seu post! Estou ansiosa aguardando a continuidade!
Bjs amiga! E parabéns pelo post!

Marli disse...

Oi Lu, obrigada por compartilhar sua experiência. Meu irmão também engorda por causa da ansiedade.
Tente diminuir o pão, massas e doces e tenho certeza que vc verá uma diferença.
Veja meu próximo post.
Abs,

Como publicar um comentário

- Clique em comentários (no final de cada matéria);
- Após escrever seu comentário, digite a palavra em código “Prove que você não é um robô";
- No campo "Escolher uma identidade", se você não possui conta Google, clique na opção NOME/URL e digite seu nome no campo "Nome" (não é necessário digitar no campo URL);
- Caso não queira se identificar, escolha a opção "Anônimo";
- Daí é só cliclar "Publicar comentário".
- Obrigada!