terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A Caridade

Hoje no meu grupo de estudo bíblico de brasileiras em Dubai estávamos lendo o livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 4. Nos versículos 32 a 35 está escrito que os primeiros cristãos viviam em comunidade e ninguém considerava unicamente sua as coisas que possuiam, mas quando vendiam suas propriedades eles distribuiam segundo a necessidade de cada um.

Ao ler essa passagem discutimos sobre ser generoso, que é a mesma coisa que ser caridoso e tivemos um momento de compartilhar onde muitas deram o seu ponto de vista.

Uma garota disse que doar quando se tem bastante dinheiro é fácil. Algumas garotas diziam que ser generoso não é somente doar dinheiro ou objetos, mas também doar nosso tempo e atenção. Uma outra disse que cada pessoa tem dentro de si uma inclinação natural para um tipo de caridade/generosidade. Para esta afirmação, confesso que não acho que temos uma tendência natural para sermos caridosos/generosos. Eu não sou naturalmente altruísta, mas preciso constantemente me forçar para pensar no outro antes de mim mesma. Já uma outra confessou que há algum tempo quando ela queria doar algo a alguém, ela tinha que comprar a mesma coisa para ela também, ou seja, ela não conseguia doar algo que ela não tivesse.

Depois de muita discussão onde cada uma disse como elas já receberam a caridade de alguém ou como já foram generosas com outras pessoas, eu ainda fiquei refletindo sobre o tema e disse à elas que eu achava que era muito fácil doar ou presentear uma amiga ou alguém com quem simpatizamos, mas o que eu entendo por caridade/generosidade é fazer isso para alguém que não conhecemos, ou seja, simplesmente ajudar alguém que sabemos que não poderá nos retribuir, aí sim isso seria verdadeira generosidade.

Eu ainda acredito que a generosidade/caridade não é algo natural do ser humano, mas que precisa ser trabalhado fortemente no nosso interior, pois temos a tendência de pensarmos mais em nós mesmos do que nos outros.

Na Bíblia em português, um capítulo bem conhecido (mesmo daqueles que nunca leram a Bíblia), traduz amor por caridade. Essa passagem que já foi até cantada pelo Legião Urbana diz:

“Agora, portanto, permanecem fé, esperança, caridade, essas três coisas. A maior delas, porém, é a caridade.” ( I Coríntios 13:13)

Escrevendo este texto penso em Madre Teresa, que largou seu país, sua família e foi ajudar os leprosos de Calcutá, na Índia. Isso sim é generosidade/caridade no seu mais puro sentido.

Será que realmente praticamos a caridade?

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Curso de Idiomas no exterior

Capítulo II

Terceira experiência – Estados Unidos
Depois de ultrapassar a barreira do Intermediate trabalhei alguns anos no Brasil e decidi novamente ir aperfeiçoar o meu inglês e desta vez escolhi os Estados Unidos novamente.
Fui à Flórida, pois tinha uma amiga morando lá. Trabalhar para pagar meus estudos era minha meta, mas chegando lá soube que haviam várias escolas gratuitas, que o governo oferece para os imigrantes aprenderem o idioma e, então para economizar, escolhi uma delas. O que é de graça nem sempre é bom e senti a diferença. Nesse tipo de escola não há todos os níveis (do básico ao avançado) e no final quando alguém já fala o suficiente para trabalhar, não há muita gente interessada em passar muito tempo na sala de aula. Nesse tipo de ensino gratuito, o estudante é que faz a diferença, se alguém quiser realmente aprender a língua bem, precisa se esforçar e estudar mais por conta própria. Fui esforçada e consegui estudar o suficiente para passar no Toefl. A professora viu meu esforço e me dava várias dicas.

Quarta experiência – Suíça
Com meu inglês no Upper-intermediate beirando o Advanced casei e fui morar na Suíça. Na região que morava fala-se o francês e lá fui aprender a língua. Para isso escolhi o Eurocentres de Lausanne e como disse antes, para destravar a língua creio que é uma ótima escola. Em quatro meses aprendi a língua e morando no país pude aperfeiçoá-la rapidamente. Como tinha minha própria casa não sei como é l´hébergement oferecido pelo Eurocentres de Lausanne.
Morando na Suíça fiz um curso de inglês específico para o Cambridge Advanced English. Como trabalhava numa escola de inglês consegui o curso de graça.

Quinta experiência – Austrália
Já morando no Oriente Médio, em 2005, quando o verão é super hiper quente, resolvi ir à Austrália para fazer um curso para o Cambridge Proficiency. Pesquisei na internet e achei um site onde eu podia dizer o que procurava e alguém me sugeriria uma escola. Naquele site alguém me sugeriu a Shafston International College em Brisbane. Como eu já tinha estudado nos Estados Unidos, Inglaterra e Suíça, resolvi escolher um lugar que ficasse num campus universitário. Então, escrevi para a Shafston, que segundo o site oficial é parte de uma universidade australiana, explicando que eu já tinha passado o Advanced do Cambridge e que gostaria de fazer um curso preparatório para o Proficiency, que eu também já sabia que algumas escolas não possuem este curso regularmente, pois é dificil alguém depois do Advanced ainda querer aperfeiçoar ainda mais o idioma, e que eu precisava que eles me dissessem se podiam oferecer um curso tão avançado quanto aquele. Enviei minha pergunta diretamente à diretora da escola. Para minha supresa, alguém respondeu em português. Era um rapaz brasileiro que trabalhava na escola no marketing. Depois descobri que na verdade a escola contrata alguns de seus ex-alunos para fazer o marketing nos países deles. Bom, o rapaz me respondeu dizendo mundos e fundos da escola, que era a melhor opçao pra mim, etc. Quanto a hospedagem, eu não liguei para o preço, só não queria ficar numa casa de família, pois depois da experiência na Inglaterra eu decidi que era melhor alugar um studio/quarto na própria escola, para eu poder cozinhar pra mim mesma. A propaganda da escola que eu recebi falava que a acomodação era no nível de um hotel 5 estrelas. Então, sem ligar para o preço paguei seis semanas de curso e hospedagem na Shafston.
Não é preciso falar muito, mas esta foi a maior decepção da minha vida.
Decepção No. 1: o studio era minúsculo e sujo, as panelas engorduras (não cozinhei nem uma vez) e não ficava em nenhum campus universitário, portanto não havia nenhuma opção para interagir com universitários australianos.
Decepção No. 2: Naquela época o nível mais alto do curso de inglês oferecido pela Shafston era o 6, que é o Intermediate. Portanto, eu teria que estudar com pessoas que não tinham o mesmo nível que eu.
Decepção No. 3: levou-se uma semana para eu conseguir falar com a diretora que havia recebido meu primeiro e-mail, pois eles sempre me enviavam para falar com o tal brasileiro que tentava me convencer que a escola era maravilhosa.
Decepção No. 4: depois da audiência com a diretora e de um teste de inglês, me ofereceram três horas de curso com uma professora particular. Eu havia pago por cinco horas em uma sala com outros alunos. Então para não perder a viagem, longa por sinal, aceitei.
Decepção No. 5: minha professora não era australiana. Eu fui à Austrália achando que teria aula com australianos e assim aprenderia algumas expressões típicas do país e quem sabe um pouquinho do sotaque.
All in all, falsa propaganda na Austrália foi o que encontrei nesta minha quinta experiência estudando línguas no exterior.

Dicas para escolher um bom curso e não passar por maus bocados
1. Escolha uma escola que seja indicada por alguém que você conhece.
2. Pergunte como são as aulas (quantos minutos cada aula, quantos professores por sala, o número máximo de alunos por sala, quantos níveis, etc.)
3. Distância da acomodação até a escola (se não for num campus).
4. Diga se não gosta de animais e se não quer casa com crianças, etc.
5. Diga o que não pode ou não gosta de comer (tenho uma amiga que ficou na casa de Sirilanquês no Canadá e comia comida apimentada todo dia),
6. Descreva sua alergias, como cigarro, carpetes, etc.
7. Se possível pague a acomodação por somente um mês e depois veja se quer ficar no mesmo lugar ou não.
8. Escolha um lugar onde não haja muitos brasileiros, isso ajudará você a praticar mais a outra língua.
9. E se não ofereceram o que você pagou para ter, reclame até conseguir algo melhor.
10. Lembre-se as escolas precisam dos estudantes, então eles devem oferecer o que prometeram e nós podemos escolher o que queremos.

Como me pediram dicas de cursos online, fiz uma pequena pesquisa e achei os seguintes sites.

Cursos de inglês online
Há vários cursos disponíveis online e somente acessando cada um dele para ver qual é mais o mais interessante e fácil de usar.
Acredito que quando se paga por algo, temos melhores recursos disponíveis.

English Town (pago, mas com 7 lições gratuitas) http://www.englishtown.com/online/home.aspx

Talk English (gratuito) http://www.talkenglish.com

Esol courses (gratuito) http://www.esolcourses.com/content/topicsmenu/intermediate.html

Curso de inglês no YouTube
http://www.youtube.com/watch?v=HRVVLXJvoU4
Steve Ford fala pausadamente, portanto mais fácil para entender.
ou
www.privateenglishportal.com (alguns videos e lições são de graça).

http://www.portaleducacao.com.br/idiomas/cursos/289/curso-de-ingles-completo-com-aulas-online (pago R$ 89,46/mês) Inglês Completo (sem aulas de conversação por R$ 49,90/mês)

Os cursos pagos não puder verificar como são as aulas. Veja se é possível pagar somente por um mês para sentir se realmente vale a pena.

Good luck!

Se precisar de alguma dica específica é só me escrever.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Curso de idiomas no exterior

Como bem escolher um

Capítulo I

Pretendo com este texto ajudar as pessoas que desejam estudar no exterior. Como o que tenho para compartilhar é longo, vou fazê-lo em dois capítulos.

Falar um outro idioma não é só por necessidade profissional, mas também o desejo de viajar, conhecer outras culturas, ler livros escritos na própria língua do autor ou simplesmente pelo prazer e para exercitar a mente.

Poder falar uma outra língua foi sempre o meu desejo e desde criança eu sonhava com isso. Assim que pude fiz alguns cursos de inglês, mas não conseguia passar a barreira do Intermediate. Então, um dia, depois de adulta tirei umas férias prolongadas e decidi fazer um curso no exterior.
O que pesou mais na minha escolha naquela época foi o preço. Por isso pesquisei algumas escolas e alguns países. Também queria tirar o máximo proveito do curso e então decidi que era melhor não ir para um destinação popular. Por isso escolhi o Tennessee nos Estados Unidos, pois sabia que Califórnia e Flórida eram locais muito procurados pelos brasileiros.
A universidade que escolhi foi indicada por um amigo e ficava numa cidadezinha, Maryville, na região da countrymusic.

Primeira experiência - Estados Unidos
Maryville College fica num campus universitário que é um sonho para um estudante brasileiro, pois além de bonito e bem cuidado, tem de tudo, sendo porém um campus de pequeno porte comparado com outras universidade americanas.
O curso, pra mim que gosto de tudo planejado e bem definido, parecia perfeito. Tinha um professor para cada matéria, sendo Grammar, Reading, Writing e Conversation. O professor de Grammar não era dos melhores, pois focava na decoreba, o de Reading era mais ou menos, mas o livro didático era ótimo. Já a professora de Writing era perfeita. Doutora em Writing, ela fez meu texto pular de basic para upper-intermediate em apenas cinco semanas. Já para Conversation, escolhi a sala de Bizarre Discussion com um professor bem diferente, o que fez a aula se tornar interessante.
All in all, adorei a experiência. O campus era lindo e minha acomodação, uma quarto que dividia com uma americana, era o que eu tinha pago por.

Segunda experiência – Inglaterra
Depois da experiência nos Estados Unidos decidi que tinha que aprender inglês custe o que custar e decidi pedir demissão de meu emprego e ir estudar um pouco mais.
Como havia tido uma ótima experiência pensei logo de cara de voltar para Maryville College, porém um amigo me aconselhou a ir para outro país, assim escolhi a Inglaterra.
O preço era mais caro do que os Estados Unidos, mas achei que valia a pena aperfeiçoar meu inglês com sotaque britânico.
Na hora de escolher a escola, pensei em ir para um lugar que tivesse praia e fosse também mais barato que Londres, por isso escolhi Brighton. A escola foi o Eurocentres. Logo de cara tive problemas e o Eurocentres não me ajudou muito. Explico: saí do Brasil duas semanas antes do curso começar, pois queria conhecer a Bélgica e passar uns dias em Londres. Infelizmente o Eurocentres não conseguiu me enviar a tempo o endereço da casa onde eu moraria durante o meu curso, o que dificultou minha entrada no país, pois o único número de telefone que eu tinha para mostrar à imigração era o número da escola, que infelizmente já estava fechada às 18h quando cheguei no país. Os agentes da imigração telefonavam à escola e como ninguém atendia, eles diziam que aquele número não existia. Depois de várias entrevistas na imigração, à meia-noite me deixaram entrar no país.
Depois de alguns dias em Londres recebi o endereço da casa onde ficaria em Brighton.
Chegando à cidade dois dias antes do curso começar fiquei decepcionada em ver que minha acomodação ficava longe da escola. Tinha que pegar um ônibus para ir à escola e fiquei, claro, comparando com a facilidade de morar no próprio campus da escola. A acomodação também não era das melhores. Não gosto de gatos e minha host family tinha três gatos. Eles também nem ligaram de me mostrar onde a escola ficava e para piorar não cozinhavam pra mim, o que era meu direito, pois paguei por pensão completa. (No final de todos os capítulos darei umas dicas para não passar por problemas desse tipo.)

A escola ficava em dois andares de um prédio no meio da cidade. Nada parecido com o campus da universidade americana. Também não gostei de saber que eu teria somente dois professores para ensinar o inglês. Pensei que isso não era o melhor, pois gostaria de ter um professor para cada subject. Achei também que o nível dos alunos de minha classe não estava correto. Havia alguns que já falavam bem e outros que falavam muito mal. Depois de um mês pedi para mudar de classe, o que fez a professora ficar chateada comigo.
All in all, o Eurocentres foca na conversação. Você aprende a falar, mesmo que errado você consegue destravar a língua.
Então penso agora que teria sido melhor fazer o Eurocentres primeiro e depois burilar o idioma numa escola como a de Maryville College.


No próximo capítulo falarei da minha terceira, quarta e quinta experiência, dando algumas dicas para bem escolher um curso.

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