Quem mais pode, mais recebe
Você já notou que quanto mais condições financeiras alguém tem, mais fácil é para ela conseguir auxílios?
Quem mais tem mais recebe é um questão que não sai da minha cabeça.
Sempre soube que os ricos e famosos quase nunca pagam por serviços, seja jantares, viagens de férias ou até mesmo bens de consumo (como jóias, roupas, bolsas, calçados etc.). Mas ultimamente tenho pensado em até mesmo educação. Você deve estar dizendo : “mas você nunca se deu conta que quem pode pagar um faculdade normalmente são os que entram em faculdade pública?” Claro que sei, mas este é um assunto que todos no Brasil já sabem há muitos anos. E temos consciência disso porque fomos à faculdade.
Bom, voltando ao assunto. Descobri recentemente que existem bolsas de estudo fornecidas pelo governo da Suíça, através de suas embaixadas e consulados pelo mundo, para estágio profissional ou pós-graduação.
Este tipo de informação nunca recebemos numa escola pública (primária, ginásio ou até mesmo colegial), quem então tem conhecimento desse tipo de ajuda? Bom, imagino que aqueles que são das classes média à alta, pois são essas pessoas as mais esclarecidas, com amigos influentes e com mais conhecimentos. Portanto, no final quem ganha é novamente quem tem melhores condições.
Quando eu era jovem e sonhava em estudar fora do Brasil, eu nem imaginava que haviam orgãos que ajudavam jovens brasileiros. Aos 20 e poucos anos, quando já tinha terminado a faculdade conversando com um colega, cujo o pai tinha empresa própria, fiquei sabendo que ele havia se inscrito para uma bolsa de estudo no exterior fornecida pelo Rotary Club. Quem faz parte do Rotary Club? Não são os comerciantes e homens de negócios das cidades? Portanto, quem fica sabendo desse tipo de benefício são provavelmente os filhos e parentes das pessoas que fazem parte do Rotary.
Claro que essas pessoas também ajudam os menos favorecidos. Talvez os empregados dos sócios do Rotary também tem a oportunidade de serem beneficiados, mas a grande maioria nem sequer tem idéia que esse tipo de auxílio existe.
Tenho uma amiga de classe média, o marido é piloto. Ela comentou comigo que seu filho precisava de aulas de matemática e que uma aula custa cerca de R$ 85,00. Como meu marido é engenheiro, ofereci a ajuda de meu marido gratuitamente. Isso somente prova que alguém que tem mais condições é normalmente o mais ajudado.
Mais uma vez penso de como era a minha vida quando criança, onde não havia ninguém nem para perguntar se eu havia feito minha tarefa, quem dirá para me ajudar a fazer a tarefa.
3 comentários:
Marli.. infelizmente é assim que acontece... quem não precisa ganha os privilégios.... filhos de ricos ganham bolsas em universidades, famosos quase nunca pagam as contas, 90% dos projetos de leis de incentivo a cultura vão parar na mão de celebridades e artistas consagrados, etc... ou seja, quem já tem muito, ainda tem muitas facilidades.... é assim... parabéns pelo posts... beijos
Bom dia Marli, meu nome é Jorge sou colega da Lucimara, legal o seu post
ainda tem mais , bancos , que cobram taxas absurdas e são ajudados pelo Governo com dinheiro público para não quebrar, e depois de tanta ajuda são comprados pelo governo com dividas enormes, realmente quem pode é que recebe maior ajuda. forte abç.
Oi Marli,
Achei interessante o seu texto.
Quando nós éramos mais jovens,era muito mais difícil conhecer tais informações, principalmente porque não existia internet a vontade e redes sociais, como esse blog, para que as pessoas compartilhassem experiências e dicas do que as pessoas têm que fazer para conquistarem seus sonhos.
Agora, as coisas são muito diferentes. O acessos às informações é muito mais fácil.
Entendo que a mundo ainda privilegia aqueles que já têm muito, mas conheço muitas pessoas que começaram do "nada" e hoje fazem parte desse grupo de "pivilegiados". Fizeram por merecer o que têm hoje.
Na minha opinião, não são apenas os que nascem em berço explêndido que têm muito, mas os que correm atrás do que querem e não desistem diante do primeiro "não" que recebem.
Não podemos ignorar que muitas pessoas "desprivilegiadas" preferem se manter nessa posição a abrir mão de benefícios concedidos pelo governo, por exemplo.
Essa é uma cultura que também precisa ser transformada.
Parabéns pelo post!
Abraço,
Karina
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